Então junto com a reforma orientada à boa convivência felina, nós decidimos fazer pequenos ajustes na casa. Serei sincera: já moramos aqui há dois anos (desde Janeiro de 2011) mas até agora nossa casa ainda tinha uma certa cara de república. Explico.
Tanto Alê (marido) quanto eu já morávamos sozinhos quando casamos. Ambos tínhamos alguns móveis, utensílios, eletrodomésticos, e muita coisa pessoal, entre livros, cadernos, documentos, agendas, CDs, DVDs, instrumentos musicias, e por aí vamos. Ao contrário do que fazem muitos casais, nós nos casamos no momento mais instável de nossas vidas até agora. O Alê estava saindo de um emprego sem saber se seria contratado em outro. Eu estava no meio do mestrado sem saber se teria bolsa e se, caso não tivesse, conseguiria algum trabalho e qual seria ele. Uma confusão.
Disso decorre que nossa perspectiva de ficar nessa casa era incerta. Não sabíamos se mudaríamos pra São Paulo, por exemplo, em algum momento daquele ano, no ano seguinte... Ou se ficaríamos por Campinas e, caso ficássemos, se o bairro onde moramos continuaria sendo uma boa opção em termos de rotina, recursos, preço do aluguel, etc. Quer dizer, não tínhamos muita previsão de nada.
No final de 2012, porém, tudo mudou de figura. Profissionalmente ambos nos encontramos (viva!), e descolamos oportunidades suficientemente estáveis. Isso se confirmou no início de 2013. Foi então que partimos para os planos com a nossa casa: no momento, ela é a melhor opção possível em termos de localização, custo-benefício, etc. O problema eram os bichanos e o acesso deles à rua, como expliquei aqui. Investimos um pouco para resolver isso e, pronto, agora escolhemos de fato ficar por aqui.
Bom, como escolhemos ficar por aqui, percebemos que algumas coisas teriam que mudar. Móveis herdados de repúblicas, por exemplo, precisavam dar lugar a coisas mais ajeitadinhas. O território dos gatos teria de crescer verticalmente. Decidimos trocar o filtro de barro por um gelador elétrico de água mineral, porque tomamos realmente muita água (os dois trabalhamos boa parte da semana em casa). Decidimos pedir para a faxineira vir apenas a cada 15 dias, em vez de semanalmente, ajeitando uma nova divisão de tarefas que fosse possível para o nosso dia-a-dia. Tantas mudanças! :)
A única coisa que eu faria diferente, talvez, teria sido comprar móveis nas lojas físicas em vez de comprá-los online. O problema não é ver o móvel ou não, já que adquirimos recentemente nossa primeira trena (coisa de adulto, hein?). O problema foi que a compra online não inclui serviço de montagem. E, olha, a última vez que eu lembro de me sentir tão intelectualmente inferior foi na primeira aula de matemática numa escola em que eu acabara de chegar, na oitava série. É um verdadeiro quebra-cabeça. No fim montamos seguindo o croqui quando era possível, mas sobraram várias peças que, esperamos, não sejam tão fundamentais assim.
[Mas vejam, ficou bonitinho, até! Difícil agora, depois desse rack, é animar pra montar o balcão de cozinha. Aiai. Enquanto isso, a casa vai mudando, ficando com cara de casa, e vamos nos apropriando dela. Êba. :) ]