Cheguei. Foi duro admitir, mas cheguei, enfim, no meu limite. Simplesmente não dá mais pra comprar livros.
Como todxs (ou muitxs) acadêmicxs, eu amo livros. Amo lê-los, amo folheá-los, amo relê-los, amo estar rodeada deles. É claro que tem um elemento fetichista forte aí, já que eu poderia fazer como algumas pessoas que conheço e doar um monte dos livros que tenho. Só que não. Não poderia. Muita gente compra livros pra "ver qual é"; eu compro livros que me interessam muito. O problema é que tanta coisa me interessa muito, que eu acabei perdendo a medida da coisa.
Além dos livros "de trabalho", ou seja, aqueles de sociologia, antropologia, educação, etc., no ano passado acumulei uma boa biblioteca de literatura e poesia. O problema é que só partes dela foram lidas. Algumas partes de alguns livros e outros livros inteiros e outros dos quais eu tinha até me esquecido (!). Arrumando a livraiada no domingo foi que eu vi que meu limite chegou. Não são poucos os livros que tenho e, se contar aqueles que tenho em versão digital, no kindle, são ainda mais (e agradeço à deusa tecnologia por me permitir guardar quase 50 livros em poucos centímetros cúbicos). Uma parte da biblioteca digital também foi lida apenas parcialmente.
Resolvi dar um basta.
Não compro mais nenhum livro até que tenha lido tudo que tenho em casa.
(e parece que finalmente achei duas resoluções de ano-novo com cara de resoluções de ano-novo: não comprar livros, em primeiro lugar, e ler todos os livros que eu tenho, em segundo)
(também acho que a única exceção que abrirei são quadrinhos; eles são irresistíveis e, por outro lado, jamais ficam sem ser lidos)
O negócio é fazer uma lista e escolher o que quero ler antes e depois. Vou fazer um cronograma de leitura do ano. Vamos ver se eu consigo. E vocês, compreendem essa compulsão?
:)
Marília,
ResponderExcluirpor mais que eu compreenda esta tua preocupação (no meu caso, ela vem sobretudo da falta de espaço para guardá-los), penso que, para um(a) acadêmico(a), esta é uma promessa ou resolução que foi feita para ser quebrada - muito provavelmente, ainda neste semestre, se não até mesmo neste trimestre.
Confesso que nunca entendi onde meus amigos e colegas encontram dinheiro para acumular tantos livros, pois possuo uma quantidade razoável, e ainda assim noto que a minha biblioteca é significativamente menos extensa - em termos quantitativos - do que a da maior parte dos amigos, até aqueles que deixaram a academia após uma graduação ou o mestrado.
Fico no aguardo de descobrir quanto tempo levou até que você "desobedecesse" a esta resolução. ;-)
Olá, Mari!!!
ResponderExcluirOlha, você não está sozinha em relação à tal compulsão,não! Conheço muita gente que faz isso e eu mesma me deparei com este problema. Só que eu apenas acumulo títulos em formato digital no tablet. De fato não devo ter um acervo como o seu, pois costumo trocar os livros que compro, depois de devidamente lidos, e sempre que possível dou preferência à biblioteca. Isso se dá por uma questão econômica mesmo, o que talvez me faça evitar a compra desenfreada! Porém, mantenho uma prateleira com os preferidíssimos - sim, é fetiche!! E acredito ser esse o principal motivo de a gente adquirir livros - sejam eles impressos ou não - e nem ao menos chegar a lê-los. Entretanto, pra quem aprecia e tem o hábito de ler, é sempre um investimento, mas acaba sendo esquecido por outras questões como ter que estudar, trabalhar ou até mesmo dividir espaço com outros hobbies como jogos, por exemplo. A questão é que não é tão fácil administrar uma rotina de leitura por conta do tempo. Enfim, neste ano também tentarei me organizar e deixar as leituras em dia. Boa sorte!!!
Vc não está sozinha nessa,tb tenho essa compulsão louca e desenfreada por livros,tenho muito que nem do plático tirei,só pelo prazer de ter em casa...(loucura),fiz uma lista dos livros que tenho que ler esse ano,estou terminando o primeiro,espero que não desanimo no meio do percusso!
ResponderExcluirbjus!